
As músicas mais utilizadas em trilhas de filmes e séries não apenas embalam cenas marcantes. Ao longo da história do cinema, algumas delas se tornaram presenças recorrentes nas trilhas sonoras, transcendendo gêneros e décadas. Essas canções ajudam a contar histórias, reforçam emoções e, muitas vezes, dizem mais do que mil palavras.
Algumas dessas canções marcaram tanto o público que acabaram sendo usadas repetidamente em diferentes filmes — como uma ponte entre épocas, estilos e gerações.
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5. “Somewhere Over the Rainbow” – Judy Garland (1939) / Israel Kamakawiwo’ole (1993)
Originalmente composta por Harold Arlen (melodia) e E.Y. Harburg (letra) para o clássico “O Mágico de Oz” (1939), interpretada por Judy Garland, “Over the Rainbow” se tornou um dos temas mais emblemáticos da história do cinema.
Décadas depois, a versão em voz e ukulele do havaiano Israel Kamakawiwo’ole, lançada em 1993, popularizou a canção para novas gerações. Essa releitura aparece em filmes como “Ensinando a Viver” (2007), “Como se Fosse a Primeira Vez” (2004) e “Encontrando Forrester” (2000). Em todas, a canção confere uma atmosfera de esperança e nostalgia.
Somewhere Over the Rainbow em Como se Fosse a Primeira Vez

4. “Stayin’ Alive” – Bee Gees (1977)
Imortalizada por Barry, Robin e Maurice Gibb, “Stayin’ Alive” é o retrato sonoro da era disco. Lançada como parte da trilha sonora de “Os Embalos de Sábado à Noite” (1977), a canção acompanhava os passos de dança de John Travolta e se tornou sinônimo de vida noturna e autoafirmação.
Desde então, a faixa foi reutilizada em inúmeros filmes e paródias, como “Uma Noite no Roxbury” (1998) e “Madagascar” (2005).

3. “Hallelujah” – Leonard Cohen (1984)
Escrita por Leonard Cohen, “Hallelujah” passou despercebida em seu lançamento, mas ressurgiu com força nas décadas seguintes graças a inúmeras regravações — a mais famosa delas é de Jeff Buckley, lançada em 1994. A canção mistura espiritualidade, erotismo e melancolia em versos profundamente poéticos.
No cinema, a versão de Buckley aparece em “Watchmen” (2009), numa cena romântica estilizada. Já a versão de John Cale ficou famosa em “Shrek” (2001), onde embala um momento de tristeza e reflexão.

2. “Fortunate Son” – Creedence Clearwater Revival (1969)
Um hino antiguerra lançado em plena era do Vietnã, “Fortunate Son” foi escrita por John Fogerty e se tornou um símbolo de resistência política. A letra critica o privilégio daqueles que escapavam do alistamento militar enquanto os jovens comuns eram enviados à guerra.
No cinema, a música é frequentemente usada em filmes que retratam conflitos armados, especialmente o Vietnã. Destacam-se produções como “Forrest Gump” (1994), “Nascido para Matar” (1987), de Stanley Kubrick, e “Os Reis do Iê-Iê-Iê” (2004).

1. “Gimme Shelter” – The Rolling Stones (1969)
Composta por Mick Jagger e Keith Richards, “Gimme Shelter” é considerada uma das canções mais intensas dos Rolling Stones. Lançada no álbum Let It Bleed, a faixa reflete o clima sombrio de guerras, protestos e tensões sociais do final da década de 1960.
No cinema, a música virou uma espécie de assinatura dos filmes de Martin Scorsese. Ela aparece em “Os Bons Companheiros” (1990), “Cassino” (1995) e “Os Infiltrados” (2006), sempre associada à violência urbana, corrupção e decadência moral.

Essas canções mostram que a música, quando bem usada, não apenas acompanha uma história — ela transforma a forma como sentimos e lembramos dela. E, talvez por isso, continuem tão presentes nas trilhas do cinema, geração após geração.
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